Stenio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília, 12/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - A balança comercial brasileira registra um momento positivo, com resultados que superam todas as expectativas oficiais e do próprio mercado; e "a tendência e ganharmos mais mercado ainda" com a extensa agenda de eventos internacionais no segundo semestre, quando serão realizadas mais de 100 feiras e missões setoriais em todo o mundo".
O prognóstico é do presidente da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex), Juan Quiros, diante da atuação da entidade no primeiro semestre, em 245 feiras, mostras e missões internacionais, envolvendo ações de 4.900 empresas. Muitas delas de pequeno porte, sem qualquer experiência anterior com vendas para o mercado externo.
Atuação que, segundo ele, teve reflexos positivos nos números de exportações apresentados pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, no início do mês. Conforme números da Secretaria de Comércio Exterior, o superavit da balança comercial em junho chegou a US$ 3,8 bilhões - o maior resultado mensal da história.
Com isso, o saldo entre exportações e importações alcançou a marca de US$ 15 bilhões no primeiro semestre do ano, com aumento de 44,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto as vendas externas somaram US$ 43,3 bilhões (29,1% a mais que em igual periodo de 2003), as importações alcançaram US$ 28,3 bilhões (+23%).
No acumulado dos últimos doze meses o saldo da balança comercial chega a US$ 27,5 bilhões; e, como o saldo positivo vem crescendo a cada mês, dando sinais de fortalecimento constante no mercado internacional, os principais analistas financeiros do pais, que são ouvidos em pesquisa semanal do Banco Central, ja apostam em superavit superior a US$ 28 bilhões no encerramento de 2004.
Pelo menos nesse campo o presidente Luiz Inacio Lula da Silva acertou quando falou, ano passado, em "espetaculo do crescimento". Como resultado adicional, o saldo crescente também aumenta a expectativa de superavit no saldo das transações correntes do país no mercado externo. Tanto que as projeções de deficit, anunciadas no início do ano, foram revertidas já em abril, e o mercado estima que o superavit chegue a US$ 5,69 bilhões neste ano.