Brasília, 7/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Após reunir-se com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), o líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), admitiu que a oposição está disposta a desobstruir as votações e permitir que sejam apreciadas as seis medidas provisórias que trancam a pauta, além dos projetos de lei da ordem do dia.

O líder do governo, deputado Professor Luizinho (PT-SP), também admitiu que está próximo um acordo para as votações. Segundo ele, se não for possível chegar a esse entendimento com a oposição, os aliados têm condições de votar ainda hoje as medidas provisórias porque o quórum está alto.

De acordo com Aleluia, a conversa com o presidente da Câmara foi essencial para que a oposição resolvesse não obstruir mais os trabalhos. "Quando há diálogo, não há vencidos nem vencedores. Acho que o João Paulo foi muito hábil. Chamou a oposição para conversar e o diálogo foi restabelecido". Para ele, a maior dificuldade está na votação da MP 183, que reduz as alíquotas do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) na importação e comercialização de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Mesmo depois do líder admitir a possibilidade de acordo, o vice-líder do PFL, deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO), apresentou requerimento pedindo o adiamento da votação da MP 183 por duas sessões. Em seguida, PFL e PSDB entraram em obstrução aos trabalhos de votação. Os aliados, entretanto, rejeitaram o requerimento e logo depois o PSDB apresentou pedido de adiamento da votação da MP por uma sessão.