Rio, 7/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O custo da construção civil em junho recuou para 0,74%, depois de registrar 1,43%, em maio, a maior taxa do ano. O índice é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com a Caixa Econômica Federal.
Segundo o Instituto, o índice caiu porque não sofreu os impactos do reajuste do salário-mínimo e dos dissídios coletivos das principais categorias do setor ocorridos em maio. O gerente do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) do órgão, Luís Fernando de Oliveira Fonseca, explicou que maio é considerado um mês atípico e que em junho o Índice da Construção Civil voltou aos patamares que vinha apresentando desde o início do ano.
Luis Fernando justificou que em junho não houve reajuste de salários das categorias envolvidas na construção civil em nenhuma das regiões brasileiras. Assim, a mão-de-obra, que responde por 45% da taxa global, e que em maio apresentou variação de 1,60%, recuou para 0,49% no mês passado.
A parcela dos materiais de construção variou 0,93% em junho, abaixo também da taxa de maio, que foi de 1,31%. O custo nacional por metro quadrado foi de R$ 480,22, em junho, acima dos R$ 476,69 de maio.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Emprego, também do IBGE, a construção civil emprega 1,336 milhão de pessoas, 7,1% da população ocupada no país. Desde o ano passado, o Sinapi é usado pela Caixa Econômica Federal para o cálculo dos custos na avaliação de projetos e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para auditorias em obras públicas.