Rio, 1/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) quer gerar exportações neste ano de US$ 2 bilhões, com incremento de 20% sobre o ano passado, o que resultará em superávit da ordem de US$ 650 milhões a US$ 700 milhões. Segundo o diretor da Abit, Fernando Pimentel, a meta para 2008 é de alcançar US$ 4 bilhões em exportações. Com isso, acrescentou, o Brasil voltará a dominar cerca de 1% do comércio têxtil mundial, participação registrada na década de 80.
Para alcançar esse objetivo, o diretor destacou a importância de eventos como o Fashion Rio e o Fashion Business, que se realizam em paralelo no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM). A finalidade principal dessas promoções é alavancar as vendas de produtos confeccionados, que adicionam valor à balança comercial brasileira. "Queremos exportar tudo, do algodão ao produto final. Mas quanto mais produto final pudermos exportar, mais rapidamente atingiremos o objetivo de crescimento acelerado das vendas brasileiras de têxteis", assegurou.
Pimentel admitiu que existem entraves a serem vencidos pelos empresários do setor, como a elevada carga tributária geradora de uma tendência de informalização na economia; o custo trabalhista; a própria legislação tributária; e a logística deficiente e de alto custo, que onera a produção. E defendeu a criação de uma nova agenda de reformas positiva para o país, a fim de facilitar o investimento e estimular o empreendedorismo do povo brasileiro.