Rio, 30/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Mario Santos, garantiu nesta quarta-feira, que a situação brasileira é confortável do ponto de vista da relação entre a expansão da oferta de energia elétrica e as previsões de crescimento da economia brasileira para os próximos quatro anos ou cinco anos.

Segundo Santos, o consumo de energia neste primeiro semestre do ano deve ficar em 3,6%, fechando o ano em torno dos 4,2% - o que esta condizente com uma expansão prevista para o Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 3,5%, de acordo com cálculos da própria Eletrobrás e do Ministério de Minas e Energia. Para os próximos quatro anos, esta média de crescimento do consumo deverá ficar em torno dos 4,5%, ainda assim uma situação de relativa tranqüilidade, segundo Santos.

"O conjunto de obras do setor elétrico já em andamento, e portanto com recursos já definidos, garantem dentro dos padrões de segurança o atendimento sem riscos", garantiu. Santos lembrou, ainda, que o governo lançará, no fim do ano, as concorrências para o setor, dentro das regras do Novo Modelo do Setor Elétrico. Como já anunciou a própria ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, serão licitações de expansão de energia nova.

Na avaliação do diretor-geral do ONS, mesmo que o mercado cresça mais do que o previsto, o país não terá problemas para os próximos dois anos. "Com esse estoque e com essas obras que estarão entrando, para os próximos dois anos, não vejo problema: nós temos realmente um hiato de conforto. Uma ponte para poder experimentar todo este resto excedente que existe no sistema e tocar a expansão para frente, certamente com a participação da iniciativa privada".