Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje nota oficial lamentando o "incidente" ocorrido em Manaus na quarta-feira passada (23), quando cerca de 500 estudantes invadiram a primeira audiência pública estadual para debater a reforma universitária. O ministro da Educação, Tarso Genro, não estava presente, porque participou do velório do ex-governador Leonel Brizola em Porto Alegre (RS).
A audiência foi suspensa provisoriamente, depois que o local onde seria realizada a discussão foi invadido pelo grupo de estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Mesmo com a manifestação, a reunião foi transferida para um hotel. Os estudantes alegaram que não foi permitida a livre participação no evento, para o qual foram distribuídas senhas.
De acordo com o MEC, 261 pessoas já haviam sido inscritas, entre representantes de universidades, professores, estudantes e pesquisadores, além de entidades da sociedade. "Lamentamos que essa iniciativa inovadora tenha sido parcialmente prejudicada, privando muitos delegados dessa região tão importante para o desenvolvimento do nosso país, de apresentar propostas para o futuro das universidades brasileiras", diz o documento.
O ministério demonstrou preocupação com o caráter autoritário do movimento que, segundo o MEC, foi reproduzido nos dizeres das faixas empunhadas pelos manifestantes: "ninguém fala, ninguém ouve".