Brasília, 18/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou essa manhã, no Palácio do Planalto, da solenidade de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2004-2005. Lula anunciou que a agricultura comercial brasileira terá R$ 39,5 bilhões à disposição para a safra. O volume significa um aumento de 45% em relação aos recursos destinados ao setor na safra anterior. De acordo com o governo, com os novos mecanismos de financiamento, comercialização e seguro rural, será possível reduzir custos e riscos no agronegócio.
Mesmo com este aumento significativo de recursos, o presidente reconheceu que os empresários podem não ficar satisfeitos. "O crescimento do volume de recursos que nós estamos colocando, possivelmente, não é tudo aquilo que vocês queriam. Mas é bom que seja assim, porque quando tiver dinheiro demais vocês também começarão a gastar demais e muitas vezes não vão gastar nas coisas mais necessárias. É importante que o cobertor, de vez em quando, não dê para cobrir corretamente para a gente saber cobrir os lugares mais necessários para enfrentar o frio", disse Lula.
Em outro recado aos empresários, o presidente pediu cuidado com o reajuste dos preços. "Muita gente pode querer ganhar tudo num ano só, e é preciso ganhar ao longo do tempo. É importante que a gente tenha muito cuidado porque nós precisamos ganhar pela nossa capacidade produtiva, pelo aumento da oferta e pelo aumento da demanda", ressaltou.
O presidente lembrou que a natureza deu ao Brasil vantagem competitiva, já que o país tem todas as condições favoráveis para a agricultura. O que faltava, segundo o presidente, era que cada um dos agentes ligados ao setor fizesse a sua parte, o que está ocorrendo agora, disse Lula. Ele afirmou que, pelo menos no setor agrícola, o Brasil já está no primeiro mundo.
"Hoje o Brasil está conquistando vantagens comparativas em setores em que estava atrasado. Hoje somos um país competitivo na área tecnológica, como muitos outros países do mundo. O resultado da nossa balança comercial demonstra isso. As vantagens que tivemos permitem que o Brasil hoje possa olhar para o mundo sem precisar se sentir pequeno, como país de terceiro mundo. E a tendência natural é melhorar", afirmou.