Brasília, 18/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Conferência Nacional de Juventude chegou ao fim, hoje, com a proposta de criação de uma Secretaria no governo federal para a coordenação das políticas voltadas aos jovens. A proposta ainda será apresentada ao Poder Executivo.

Promovida pela Câmara dos Deputados, a conferência teve a participação de 2 mil jovens de todo o país.

Outra proposta que será apresentada ao governo será a de criação do Instituto Brasileiro de Juventude e a realização de conferências para ouvir os jovens, a cada três anos.

O coordenador do evento, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disse que as propostas apresentadas na conferência vão servir para a elaboração de um marco regulatório sobre os direitos da juventude, pelo Congresso Nacional, para os próximos dez anos.

Os jovens foram divididos em 17 grupos temáticos para apresentar suas necessidades e reivindicações. "A discussão se concentra em quatro eixos principais: educação, trabalho, cultura e participação. Nesse primeiro momento, essas políticas precisam dialogar com as juventudes mais pobres e com a questão dos portadores de necessidades especiais, dos afro-descendentes e das mulheres", afirmou Lopes.

O deputado defendeu que a política seja universal, mas que as ações sejam voltadas, inicialmente, para os grupos mais vulneráveis. "Acho que esse é um grande produto dessa conferência". Reginaldo Lopes disse também que ainda não ficou definido como essa política será elaborada, se pela inclusão de um artigo na Constituição ou se pela elaboração de um Estatuto da Juventude.