Agente de segurança da ONU testa preparo físico acompanhando Ricupero

18/06/2004 - 13h12

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Cauteloso, ele não revela horários. Mas garante que começa cedo e termina bem tarde o dia do secretário-geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Rubens Ricupero. Nos últimos 15 dias, o agente de segurança das Nações Unidas, Jorge Luis Alves, 41 anos, escoltou o embaixador pela maratona de reuniões e eventos na 11ª reunião da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Único brasileiro na equipe de agentes da ONU, em Genebra, o amazonense admite que não foi nada fácil cumprir a missão. "Essa disposição dele é impressionante", elogia Alves. "A energia e a resistência do secretário me motivam. Quando vejo ele entrando e saindo de debates, falando sempre firme, não me sinto no direito de ficar cansado."

O agente conta que saiu do Brasil em 1984 em busca de novos horizontes na Europa. O trabalho na ONU começou em 1991, na vaga de um amigo que havia partido para a missão das Nações Unidas no Iraque. Desde então, Alves não só aprendeu três línguas (francês, inglês e espanhol) como teve experiências únicas. "É um trabalho que exige muita atenção, resistência, física e mental", admite. "Mas temos várias recompensas. Entre elas, a de trabalhar com o senhor Ricupero e o senhor Sérgio Vieira de Melo (morto no ano passado no Iraque). O senhor Sérgio era uma pessoa muito boa de se acompanhar, trabalhador, dedicado às causas humanas. Um ideal para mim."