Flávia Albuquerque e Paulo Montoia
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Previdência e Assistência Social, Amir Lando, lamentou hoje a declaração de representantes do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, de que 146 mil aposentados poderão não estar vivos para receber o pagamento completo da revisão pela URV (Unidade Real de Valor) de pensões e aposentadorias pagas de 1994 a 1997, nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Os valores a receber referem-se às diferenças entre os pagamentos calculados pela URV e o Real na transição para a nova moeda. O número é resultado de uma pesquisa encomendada pelo Sindicato, para a Assessoria Técnica do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Lando disse que o governo está se esforçando para buscar uma solução rápida para o problema. "É evidente que nós temos limites financeiros, nós temos limites orçamentários. Eu não posso pensar em uma solução mágica e extrair R$ 12,3 bilhões", afirmou. Segundo o ministro, esse valor corresponde a quase 1% do PIB, além do fluxo anual de R$ 2,3 bilhões para pagar o "esqueleto da dívida que se arrasta desde 1994.
Amir Lando declarou que diante dessas circunstâncias só pode lamentar. "Gostaria que cada um vivesse muito mais, mas infelizmente a vida e a morte andam de mãos dadas. Quem nasce deve morrer. Isso é uma sentença da existência. Eu lastimo que muitos vão passar pelo vórtice do nada até o final das negociações",