Brasília, 1/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal prendeu hoje, em São Paulo, o empresário chinês Law Kin Chong, e seu advogado, Pedro Lindolfo, por corrupção ativa, tráfico de influência, formação de quadrilha e impedimento do funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Segundo nota do gabinete do deputado Medeiros (PL-SP), presidente da CPI da Pirataria, o empresário e o advogado ofereceram ao deputado R$ 1,5 milhão para que fosse excluído o nome do empresário do relatório da CPI.
Medeiros informou que "há cerca de um mês e meio, através de ligações telefônicas, o comerciante chinês, por meio do seu advogado, vem oferecendo a mencionada quantia a ele". Ainda de acordo com o parlamentar, desde aquela época as conversas foram monitoradas pela Polícia Federal. Ele informou, ainda, que com o objetivo de materializar o crime, combinou com o advogado o pagamento do dinheiro para não citar o chinês no relatório da CPI.
A prisão do advogado foi feita no escritório do deputado, quando ele levava a primeira parcela da propina combinada, US$ 75 mil em espécie. Chong foi preso na Avenida Prestes Maia, no centro de São Paulo.
O empresário chinês está sendo investigado pela CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados, onde prestou depoimento uma vez em Brasília e outra em São Paulo. Ele é acusado de contrabando e pirataria de produtos industrializados.
Na quinta-feira, o relator da CPI, deputado Josias Quintal (PMDB-RJ), apresentará seus parecer aos membros da CPI. No parecer, o empresário Law Chong é acusado de fazer contrabando e pirataria de produtos industrializados.