Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A cesta básica do brasileiro ficou mais cara na maioria das capitais do país em maio, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE). O custo da cesta básica subiu em 11 das 16 capitais pesquisadas e caiu em 5. Os índices variam de –3,56%, em Recife, a +10,44%, em Porto Alegre.
As cestas mais caras do país, em real, foram R$ 181,17 em Porto Alegre e São Paulo R$ 168,68.
A maior alta registrada no país foi em Porto Alegre (10,44 %), seguida de Florianópolis, 9,14% (R$ 156,10). Houve também alta expressiva em Belo Horizonte (5,46 %), Rio de Janeiro( 4,67%), Curitiba (4,16 %) e São Paulo ( 2,23 %).
Outras quedas ocorreram em Aracaju (-1,59 %) e Goiânia (-1,33 %, a única capital do Centro-Sul onde houve retração), Fortaleza (-0,94 %) e Natal (- 0,58 %).
Segundo o DIEESE, a alta registrada no Centro-Sul foi influenciada pelo aumento nos preços do tomate e batata. O tomate subiu em doze capitais no mês de maio, com taxa superior a 50% em quatro delas: Florianópolis (147,44 %), Porto Alegre (86,16 %), Curitiba (75,76 %) e Belo Horizonte (68,29 %).
A batata foi o segundo produto com maior alta, mas ela só é pesquisada nas nove capitais do Centro-Sul. Os aumentos mais expressivos foram em Porto Alegre (25,41 %), Brasília (22,43 %) e Vitória (19,42 %).
São Paulo que vinha há dois meses apontando o maior valor da cesta básica no país caiu para a segunda posição em maio, com R$ 168,68. Os principais aumentos foram registrados no tomate (26,06 %) e no açúcar refinado (8,64 %). As maiores quedas: óleo de soja (-2,21 %) e carne bovina de primeira (-1,93 %).
Entre janeiro e maio, apenas Aracajú apresentou queda no custo da cesta básica (- 0,54 %).
Com base no valor da cesta verificado em Porto Alegre, em maio, o DIEESE avalia que o salário mínimo deveria ser de R$ 1.522,01, para suprir as necessidades com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência para uma família de quatro pessoas, ou seja, 5,9 vezes o valor do salário mínimo em vigor, que é de R$ 260.