Fabiana Uchinaka e Marli Moreira
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - Computadores sem uso ou que seriam aposentados por empresas estatais e privadas serão a partir deste ano utilizados em telecentros, bibliotecas e escolas das comunidades carentes para ampliar o acesso da população à internet. Essa é a proposta do programa "Computadores para Inclusão Social" lançado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O Ministério vai criar Centros de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores (CRC) para reciclar micros, impressoras, monitores e outros equipamentos de informática. Serão instalados cinco CRCs, nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Distrito Federal. Pelos cálculos dos técnicos do Ministério do Planejamento, o custo de médio de recondicionamento de cada computador pelos CRC será de R$ 141,68.
A primeira parceria do programa foi assinada nesta quinta-feira, 27 de maio, pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Rogério Santanna, e pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. O documento foi firmado durante o 3o Encontro Latino-Americano de Telecentros, da Semana de Inclusão Digital, realizada no Centro Cultural São Paulo.
O programa prevê parceria com os programas sociais de oferta de empregos dos municípios. Em São Paulo, por exemplo, os gerentes e técnicos dos CRCs treinarão jovens selecionados pelo programa "Primeiro Emprego". Os primeiros micros e periféricos do acordo assinado serão doados aos 108 telecentros comunitários da capital paulista, a maioria instalada nos 88 conjuntos habitacionais da prefeitura (Cohabs). Cada Telecentro possui de 10 a 20 computadores com internet em banda larga. A comunidade pode utilizar livremente os equipamentos, frequentar os cursos de informática básica e as oficinas especiais.
O programa "Computadores para Inclusão Social" do governo federal planeja a instalação de 6 mil telecentros até 2007 em todo o país, para que a população possa acessar online serviços públicos, bancários e de e-mails.