Brasília, 6/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os funcionários do Banco Central decidiram fazer uma paralisação de advertência, durante 24 horas, no próximo dia 12. Os serviços essenciais estarão garantidos, mas área de Meio Circulante, responsável pela distribuição de dinheiro aos bancos, pode cruzar os braços, embora o Sindicato dos Técnicos do Banco Central (Sintbacen) garanta que não faltará dinheiro nos caixas eletrônicos.
Os servidores reivindicam a retomada das negociações sobre o plano de cargos e salários da categoria e ameaçam parar por tempo indeterminado, no próximo dia 18, se não houver nenhum avanço sobre as reivindicações.
Servidores do Tesouro Nacional, Controladoria-Geral da União, Planejamento e Orçamento, IPEA, Especialistas em Políticas Públicas, Comércio Exterior, CVM e SUSEP, que também integram os núcleos de fiscalização e gestão do governo federal também ameaçam parar as atividades no dia 18.
Nenhuma das entidades representativas desses servidores participa da Mesa Nacional de Negociação, que ontem esteve reunida com o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Segundo a assessoria do ministro, o governo federal excluiu esses funcionários das atuais discussões salariais porque considera que o assunto foi discutido em separado no ano passado, em mesa específica e com reajustes diferenciados, calculados em 95% dos vencimentos dos auditores-fiscais da Receita Federal, segundo informações do Planejamento.
Os auditores-fiscais, que desde 13 de abril pararam as atividades, ontem foram recebidos pelo ministro Antonio Palocci e decidem na semana que vem se suspendem a greve – uma condição de Palocci para reabrir as discussões com a categoria.