Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oferecer educação profissional para jovens que estão fora do mundo trabalho e, com isso, alavancar maior oportunidade de emprego e renda no país. Esse é o principal objetivo da proposta de Parceria Público Privada (PPP) que está em andamento no Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a estrutura da parceria, as empresas e organizações não governamentais poderiam aderir ao projeto capacitando funcionários para se tornarem professores e monitores de classes profissionalizantes, implantadas nas próprias empresas ou em escolas situadas na comunidade.
"A idéia é atrair, para o ensino profissional e tecnológico, instituições privadas que possam fazer parceria com as instituições públicas e possam oferecer formas diferentes para que possamos alcançar o maior número de pessoas na educação profissional", explica o Diretor de Políticas e Articulação Institucional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), professor Getúlio Marques Ferreira.
O projeto ainda está em fase de discussão com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, mas suas linhas gerais mostram que a saída para atrair as empresas possa estar na isenção de impostos, à maneira do que está sendo proposto pelo programa "Universidade para Todos". "A partir do momento que as empresas abram essas vagas, qual seria o benefício que elas teriam?", disse.
O MEC se colocaria à disposição para orientar a gestão dos convênios em relação ao projeto pedagógico para a formação dos multiplicadores. "Aqueles profissionais da empresa que tem toda uma experiência prática", lembra o diretor.
O projeto será apresentado ao ministro da Educação, Tarso Genro, e à sociedade na próxima segunda-feira (26) durante a primeira reunião do Fórum Nacional de Educação Profissional. O encontro irá discutir quatro temas principais: Educação de Jovens e Adultos na articulação com a Educação Profissional e Tecnológica; Expansão da educação profissional; Financiamento da educação profissional e Integração e articulação entre as diversas esferas governamentais.
"Nós temos uma proposta de políticas públicas gestada com a participação de todos no Fórum. Na seqüência, temos a proposta de encaminharmos ( ao Congresso Nacional), até outubro, uma proposta de Lei Orgânica da Educação Profissional", revela o professor.
Getúlio Marques ressalta, ainda, que já existe uma experiência parecida na Fundação Iochpe em São Paulo, que desenvolve o projeto Formare de capacitação de profissionais para ministrar cursos profissionalizantes para estudantes de todo país.