Andréia Araujo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo reafirmou hoje a proposta de aumento de 10% a 32% para cerca de 905 mil servidores ativos e inativos apresentado na última reunião da Mesa Nacional de Negociação. Essa proposta foi recusada pelos representantes do servidores. Segundo o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça essa é a proposta final.

Segundo o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condesef), Pedro Souza, a categoria reivindica reposição emergencial de 50,19%, política salarial de correção das distorções, incorporação das gratificações e definição de um Plano de Cargos e Carreiras. Souza afirmou que toda a categoria deverá entrar em greve a partir do dia 10 de maio.

A única exceção são os técnicos da educação que entregaram um contraproposta ao governo. O presidente da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Edvaldo Rosas, afirmou que eles aceitam o reajuste oferecido pelo governo se receberem uma confirmação por escrito de que irão ter uma proposta de construção de carreira. "O reajuste oferecido pelo governo é insuficiente, mas em parte resolve", disse.

O secretário disse que um aumento de 50,19%, como querem os sindicalistas, é impossível. Mendonça informou que os servidores irão receber no próximo contracheque uma explicação da proposta do governo. Com isso, ele acredita que a base dos servidores deve aceitar o aumento. "Nós acreditamos que a proposta uma vez avaliada pelo conjunto dos servidores pode haver um movimento positivo e quem sabe possamos evitar a greve", disse.

O secretário disse que já no próximo mês os servidores devem ter uma explicação da proposta no contracheque. Ele acredita que será bem aceita pela maioria dos servidores. Agora a noite, os ministros do planejamento, Guido Mantega, Fazenda, Antônio Palocci e Casa Civil, José Dirceu se reúnem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para decidirem a questão.