Fabiana Uchinaka,
Repórter da Agência Brasil
São Paulo, 20/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve adesão de 50% dos postos de atendimento da capital paulista. Das 27 agências da previdência social, 14 estão fechadas. No interior do estado, os postos das cidades de São José dos Campos, Campos do Jordão, Guaratinguetá, Pindamonhamgaba, Olímpia, Fernandópolis, São José Rio Preto e Penápolis não estão funcionando.
A categoria reivindica que o governo cumpra os acordos firmados em greves passadas e faça a reposição salarial. "De 1998 para cá, as perdas salariais somam 50%. Se pegarmos a partir de 1995, esse índice chega a 127%", explica a diretora do Sinsprev, Diná dos Santos Neres. Na greve do ano passado ficou definido um reajuste de 47,11% , que seria pago em quatro parcelas. Os servidores, no entanto, não concordam com as condições impostas e exigem uma mudança no texto. "O governo quer que a gente abra mão do resto do dinheiro e isso nós não vamos aceitar", completa Diná.
Segundo o Sinsprev, o movimento quer atingir, até sexta-feira, 90% das agências da capital. Com a paralisação dos postos, por tempo indeterminado, somente as perícias médicas agendadas estão sendo realizadas. Serviços como protocolamento de benefícios, arrecadação, concessão de aposentadoria, agendamento de perícia médica e salário maternidade estão suspensos.
Na próxima terça-feira, dia 27, deverá acontecer uma assembléia estadual na Câmara Municipal de São Paulo para decidir os rumos da greve. No mesmo dia haverá uma passeata dos manifestantes.