Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje o texto da reforma sindical da mão do ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, e de representantes do empresários e trabalhadores. Nessa proposta, ainda ficou faltando fechar a questão da representação sindical no local de trabalho. Berzoini acredita que até o fim do ano a Camara do Deputados vote nos dois turnos a reforma sindical e que a discussão no Senado fique para 2005.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que o presidente Lula fez um apelo para os representantes sindicais se articularem com suas bases no Congresso. Paulinho afirmou ainda que, se essa reforma for aprovada, as leis trabalhistas serão, no futuro, substituídas por contratos de trabalho, sem a perdas de garantias. "O que os inimigos da reforma dizem é que os trabalhadores vão perder direito, muito pelo contrário", afirmou.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, com a reforma sindical irá diminuir o número de sindicatos no Brasil. "Isso é bom, porque acaba com sindicatos sem representatividade, ficam apenas os fortes", disse.
O presidente da Confederação da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, também se disse a favor da proposta de reforma sindical entregue ao presidente. Ele disse que a atual estrutura já está esgotada e que essa reforma é um "marco" para a sociedade brasileira. Lideranças do Congresso devem receber do presidente Lula e representantes dos trabalhadores e empresários a proposta de reforma no final de abril.
Andréia Araújo