Brasília, 6/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Até o final de julho, a Controladoria-Geral da União (CGU) apresentará o modelo de sindicância patrimonial para investigar desvios de dinheiro a partir de sinais exteriores de riqueza incompatíveis com os rendimentos de agentes públicos. Com a medida, o governo espera combater a corrupção em toda a administração pública federal, como parte da estratégia de repressão à lavagem de dinheiro. "Hoje, o antecedente que se apresenta com maior freqüência para o crime de lavagem de dinheiro não é o tráfico de drogas nem de armas, é a corrupção", afirma o subcontrolador-geral da União, Jorge Hage.
O acompanhamento da evolução patrimonial é uma das 32 metas da Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro, definida em dezembro de 2003 por representantes de órgãos que atuam no enfrentamento desse tipo de crime. Hoje, membros do gabinete de gestão integrada, criado para articular as ações do Executivo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas da União na área, se reuniram, no Ministério da Justiça, para avaliar os resultados das metas estabelecidas. Segundo o subcontrolador, a expectativa é de que até o final do ano o sistema de sindicância patrimonial esteja em pleno funcionamento.