São Paulo, 6/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O comércio varejista da região metropolitana de São Paulo registrou, em março, aumento médio de preços em torno de 0,72%, comparado com as últimas quatros semanas anteriores, segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). A taxa ficou bem acima da verificada em fevereiro, quando o Índice de Preços no Varejo (IPV) atingiu alta de 0,39%. No acumulado do ano, o IPV alcançou 2,8%.
Na análise da assessoria econômica da Fecomercio, o aumento não reflete uma retomada da inflação. É resultado de pressões isoladas, principalmente em segmentos de produtos não-duráveis e influência de reajustes no atacado, em especial no grupo de duráveis. O grupo de não duráveis (produtos de limpeza, farmacêuticos, de higiene e alimentícios) inverteu a queda de 0,72, constatada em fevereiro, passando para uma alta de 0,56%. A maior pressão foi provocada pelos produtos farmacêuticos, cuja elevação foi de 3,61%. Já os produtos alimentícios aumentaram 0,48%, alta puxada pelos produtos in natura.
Os semiduráveis (vestuário, tecidos e calçados) tiveram variação positiva de 0,52%. Mas, isoladamente, o segmento de vestuário teve queda de 1,63%. O grupo de duráveis (eletrodomésticos e móveis e decorações) apresentou alta de 0,31%. Embora com índice positivo, essa elevação foi menor do que anterior, de 1,26%. No setor automotivo, o aumento foi de 1,78% e no de materiais de construção, 1,95%.