Brasília, 29/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A venda da Embratel para a multinacional mexicana Telmex pela empresa americana MCI, que está sendo questionada na justiça americana pelo consórcio de teles fixas Telemar-Telefonica-Brasil Telecom, será discutida amanhã (30), em audiência pública da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, a partir de requerimento do presidente da comissão, senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
A comissão ouvirá representantes da própria Embratel e das três empresas consorciadas, da Telmex, da Secretaria de Direito Econômico, do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e do Ministério das Comunicações com o objetivo, segundo Ney Suassuna, de "buscar esclarecimentos sobre a nova política de gestão de pessoal e sobre a competição no mercado de telefonia local e de longa distância nacional e internacional, além da política de investimentos e de questões inerentes à segurança nacional".
Ney Suassuna justificou seu requerimento, aprovado na semana passada na comissão, por considerar, no mínimo, "estranho", que a americana MCI tenha vendido a Embratel à Telmex por US$ 360 milhões, quando o consórcio das teles fixas oferecia pela mesma empresa US$ 550 milhões – US$ 190 milhões a mais, o que causou prejuízos aos acionistas minoritários da empresa. A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado não dispõe, ainda, da lista dos representantes das empresas e organismos governamentais que deverão participar da audiência pública de amanhã.