São Luís, 29/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Em menos de um ano de funcionamento, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de São Luís registrou cerca de mil ocorrências. Criada em 16 de setembro do ano passado, a delegacia tem em média 20 ocorrências diárias, com destaque para casos de violência.
Dos crimes cometidos contra crianças e adolescentes, a incidência maior é de lesão corporal (21,90%), seguida de ameaça (13,07%), maus-tratos (10,89%), desaparecimento (8,82%) e estupro (5,45). Por idade, 58% dos casos ocorrem entre 12 (doze) a 17 (dezessete) anos.
A maioria dos casos de violência acontece dentro da própria família. Entre os autores do crime que mantêm vínculo com a vítima, em primeiro lugar está o pai, seguido da mãe, vizinho e namorado. Segundo o levantamento, 62% dos casos ocorrem com crianças e adolescentes do sexo feminino.
A principal preocupação da DPCA é evitar que as crianças passem novamente por situações violentas. A DPCA foi criada com o propósito de combater a revitimização da criança, disse chefe de triagem da delegacia, Márcio André Batalha Azoubel.
A DPCA conta com a ajuda do Centro de Perícia Oficial (CPO), que trabalha com a elaboração de laudos psicológicos, bem como relatórios de assistentes sociais. Tem ainda uma sala de ludoterapia, onde psicológos trabalham com as crianças para obter informações mais precisas sobre os crimes de que elas foram vítimas.