Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A inflação medida no varejo pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) nos 30 dias compreendidos entre 24 de fevereiro a 23 deste mês registrou variação de 0,48%. O resultado é 0,01 ponto percentual superior ao da última apuração, o que configura a manutenção de estabilidade de preços pela terceira semana consecutiva, de acordo com análise do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas, que calcula o índice.

Dos sete grupos pesquisados, três mostraram aceleração nas taxas (alimentação, vestuário, e saúde e cuidados Pessoais). Mas segundo os economistas da FGV, as maiores influências foram detectadas nos grupos alimentação e habitação, que somaram juntos 0,44 ponto percentual na formação da taxa do IPC-S.

Dentro do grupo alimentação, as maiores pressões de alta foram exercidas pelos sub-grupos massas e farinhas, aves e ovos e óleos e gorduras, que passaram respectivamente de 0,33% para 0,85%, de 1,36% para 2,07% e de 2,92% para 3,59%, representando juntos 3,46% dos gastos das famílias no período.

Já no grupo habitação, os destaques no sentido de alta foram registrados nas tarifas de água e esgoto e de gás de bujão, que subiram de 1,72% e 0,04% na apuração anterior para, respectivamente, 2,51% e 0,64%.

Das 12 capitais pesquisadas pela FGV, seis mostraram aceleração de preços, enquanto outras seis tiveram desaceleração. A maior aceleração, de 0,41 ponto percentual, foi apurada em Porto Alegre, que também mostrou a taxa máxima de inflação (1,22%). A maior desaceleração (0,42 ponto percentual) ocorreu em Recife. Mas a taxa mínima do IPC-S de 23 de março, da ordem de 0,21%, foi encontrada no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

A divulgação do próximo IPC-S acontecerá no dia 5 de abril, incluindo dados coletados até o dia 26 de março.