Brasília, 28/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A metereologista Laura Rodrigues, do Centro de Meteorologia de Santa Catarina (Epagri/Climerh), disse hoje à Rádio Nacional de Brasília que é comum no litoral do estado a atuação de ciclones extra-tropicais que provocam ressacas e ventos fortes. Ela reconheceu, no entanto, que desta vez o fenômeno apresentou características diferentes. A técnica esclareceu que estão sendo desenvolvidos estudos para definir se o que houve foi um ciclone ou um furacão. "O episódio tem características de furacão, mas ainda na dá para falar sobre isso", afirma.
O período mais grave em Santa Catarina foi entre as três e cinco horas da manhã de hoje, quando se registraram os ventos de 130 quilômetros por hora. As ondas atingiram cinco metros de altura e puderam ser vistas a alguma distãncia da costa.
A meteorologia alerta que a população ainda deve evitar ir ao mar, por causa da ressaca. De acordo com a meteorologista, o fenômeno já está perdendo intensidade e força, mas ainda há o registro de ocorrência de chuvas, principalmente no litoral sul do estado.
Desde a última sexta-feira, o ciclone foi se intensificando e se aproximou do litoral de Santa Catarina. Nesse período, os meteorologistas da Epagri fizeram monitoramento 24 horas por dia, junto com a Defesa Civil e a Polícia Militar, para informar a população.
O balanço parcial mostra que várias cidades do litoral do sul do estado tiveram prejuízos com a destruição e destelhamento de casas, derrubada de postes de energia, além de duas embarcações que acabaram afundando.