Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Projeto de Hortas Comunitárias, desenvolvido por Furnas Centrais Elétricas no entorno das usinas hidrelétricas e subestações da empresa nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e São Paulo, totalizando 10 hortas, arrecadou, em apenas um ano de atividade, 150 toneladas de alimentos.
A superintendente de Responsabilidade Social de Furnas, Gleyse Peiter, disse que o principal ganho do projeto é a melhoria da qualidade nutricional da alimentação das pessoas envolvidas. Muitas das hortas são orgânicas, isto é, não utilizam adubos nem defensivos químicos. Nas demais hortas, o atendimento é feito para as populações próximas, como hospitais e casas de saúde.
"Então, o que a gente tem visto é, primeiro, um acesso ao alimento onde não havia, com melhoria da qualidade. Em outras palavras, a promoção da saúde, da segurança alimentar das pessoas envolvidas", analisou Peiter.
Além do fornecimento regular de legumes, verduras e frutas, o departamento de Responsabilidade Social de Furnas faz palestras com nutricionistas para acompanhar o desenvolvimento das crianças assistidas, capacitando as pessoas a lidar com a horta e a conhecer o valor dos alimentos. "É um processo de educação alimentar no sentido mais amplo, que não se restringe somente a dar comida, mas a mudar o hábito alimentar das pessoas, que aprendem o valor nutricional dos alimentos", declarou.
Os resultados obtidos pelo projeto das Hortas Comunitárias foi apresentado por Furnas na II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que acontece até amanhã (20) em Olinda (PE).
Outro projeto realizado por Furnas em 2003, na área de Responsabilidade Social, se destinou à capacitação de jovens, atendendo a 3.461 jovens em todo o país. Gleyse Peiter explicou que o programa serviu de apoio ao objetivo do Fome Zero, de mudar a realidade do Brasil, na medida em que prepara a juventude em diversas áreas, visando qualificá-la para o trabalho.
Outro programa amplo efetuado por Furnas em 2003 foi o de promoção da cidadania e direito. Nas comunidades onde atua, técnicos da empresa têm desenvolvido um trabalho com as pessoas para que tenham carteira profissional, registro civil, em suma, para que possam entrar no Brasil legal, informou Peiter. Foram atendidas mais de 7 mil pessoas no ano passado.
Alguns programas educacionais têm por finalidade preparar alunos para o vestibular, atuar como reforço escolar, ensinar a fazer redações, entre outras atividades. Enquanto o foco em 2003 foi a capacitação de jovens, com a proposta de olhar para o futuro, dentro do compromisso com as gerações futuras, em 2004 Furnas pretende pegar pesado na área de segurança alimentar e nutricional e na área de educação. "A gente está pensando em fazer mais projetos de alfabetização, de melhoria da qualidade das práticas educacionais, para que as pessoas fiquem melhor preparadas", revelou.