São Paulo, 17/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) acredita que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de promover um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic "vai no sentido correto, porém sem a intensidade que permita no curto prazo alterar o estado de apatia do mercado interno". Em nota oficial assinada pelo presidente da entidade, Horácio Lafer Piva, a Fiesp afirma querer acreditar que a redução, definida como "simbólica", signifique a retomada da trajetória de queda dos juros.
"O debate sobre política monetária está fervendo. O risco que corremos é que esta experiência não nos deixe apenas lições úteis, mas que encubra de fumaça e, por isso, retarde o encaminhamento de medidas que realmente poderiam contribuir para um crescimento sustentado a taxas elevadas. Neste ambiente, uma redução simbólica dos juros é uma decisão muito superior à manutenção da taxa", diz a nota fa Fiesp.
A entidade enfatiza que não defende vôos cegos. "O espaço para redução dos juros era evidente não só para empresários e trabalhadores. Macroeconomistas renomados e até mesmo ex-dirigentes do Banco Central já percebiam o custo desnecessário que a condução da política monetária estava causando na produção", conclui a nota.