Rio, 17/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, afirmou que projetos importantes da empresa vêm sofrendo atrasos em razão da demora na concessão, por parte dos órgãos responsáveis, das licenças ambientais necessárias à execução das obras. Duque informou que a Petrobras investiu R$ 6,2 bilhões em meio ambiente e segurança de 2000 a 2003, ou seja, R$ 1 bilhão a mais do que o previsto.
"A questão do meio ambiente também é uma preocupação com a imagem da companhia. Agora, projetos importantes têm sofrido atrasos em razão da demora na concessão de licenças ambientais. O governo precisa olhar para este aspecto da questão, pois tem que haver mais agilidade na liberação dessas licenças", afirmou Duque.
Sem se referir diretamente à construção do oleoduto ligando a Bacia de Campos, no Norte Fluminense, à Refinaria de Paulínia (SP) - cujas obras estão sofrendo atraso em razão da demora do governo do estado do Rio de Janeiro em conceder a licença ambiental - o diretor de Serviços da Petrobras defendeu a necessidade de se "dissociar" investimentos de questões políticas.
"Ou um projeto é bom técnica e ambientalmente, ou não é. O país precisa de empregos e de investimentos e a Petrobras não abre mão de investir. Nós não vamos pisar no freio. Agora é preciso dissociar investimentos de questões políticas", disse o diretor.
Duque fez as declarações durante seminário promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios (Abitam), na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).