Rio, 5/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O corpo de Jorginho Guinle será enterrado no início da tarde, no jazigo da família, no Cemitério São João Batista, na zona sul desta capital. Membro de uma das famílias mais tradicionais da sociedade carioca, Jorginho morreu dormindo, às 4h30, no Hotel Copacabana Palace, vítima de um aneurisma na aorta abdominal. Não houve velório porque a família decidiu atender a um pedido já manifestado pelo próprio Jorginho.

Internado no Hospital de Ipanema desde segunda-feira, Jorginho teve alta ontem à tarde, depois de assinar um termo de responsabilidade por ter se recusado a fazer a cirurgia para a retirada do aneurisma, e foi direto para o hotel, onde morava há vários anos.

O Copacabana Palace foi construído por sua família e vendido para o grupo Orient-Express Hotels, em 1989. Jorginho Guinle tinha sete anos quando assistiu à inauguração do hotel.

Em 1997, Guinle lançou sua autobiografia intitulada "Um século de boa vida", onde relatava alguns dos vários romances que mantivera com atrizes de Hollywood como Marilyn Monroe, Ava Gardner e Rita Hayworth e Romy Schneider e mulheres da alta sociedade carioca.

Herdeiro de uma das maiores fortunas do país, construída quando seu avô, Eduardo Guinle, ganhou a concessão para a construção e exploração das Docas de Santos, Jorginho preferiu não trabalhar e gastar seu patrimônio com viagens, festas e mulheres. Além disso, era profundo conhecedor de Jazz, lançando no Brasil o primeiro livro sobre o estilo musical, "Jazz Panorama".