Começam as buscas aos restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia

05/03/2004 - 10h09

Adriano Gaieski
Repórter da Agência Brasil

Xambioá (TO) - Começa uma nova fase da luta dos familiares na busca dos restos mortais de parentes desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia, conflito armado entre guerrilheiros do PC do B e agentes da ditadura militar, entre 1972 e 1974. Hoje, foram iniciadas as demarcações do local onde existia uma base militar do Exército e da Aeronáutica, às margens do rio Araguaia. Lá estariam as ossadas de Walquíria Afonso da Costa e Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, um dos principais líderes da guerrilha.

Os trabalhos começaram pela manhã, com a participação de geólogos, médicos legistas e parentes. Três antropólogas forenses, vindas da Argentina, também vão participar das buscas. O ex-soldado do Exército Raimundo Pereira, suposta testemunha dos assassinatos praticados pelos militares, está na região em companhia do ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.