Saúde leva a Rondônia mutirão de cirurgias ortopédicas

03/03/2004 - 8h43

Brasília - O Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), promove até segunda-feira (8) um mutirão de cirurgias traumato-ortopédicas no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho (RO). A ação é um desdobramento do Projeto Suport (Suporte em Ortopedia e Traumatologia), levado a regiões que não possuem atendimento de alta e média complexidade nessas áreas.

É a segunda vez em que profissionais do instituto participam de um mutirão no estado. A previsão é operar 30 a 40 pacientes com fraturas nos membros superiores e inferiores que requerem cirurgias de alta complexidade e que não puderam ser resolvidas com a infra-estrutura dos hospitais locais. A equipe médica, coordenada por Eduardo Rinaldi, é composta por quatro cirurgiões de trauma, três médicos residentes, três anestesistas, dois enfermeiros e dois instrumentadores. "A maioria dos pacientes apresenta lesões nos membros inferiores em decorrência de acidentes automobilísticos ou quedas de altura", ressalta o doutor Rinaldi.

Muitas dessas pessoas estão há mais de dois meses esperando por uma cirurgia que deveria ser feita logo após o acidente, o que acaba não acontecendo em função da escassez de mão-de-obra especializada na região. A rede pública hospitalar de Porto Velho conta com apenas sete ortopedistas. Atualmente, a Secretaria de Saúde do Estado suspendeu as cirurgias ortopédicas e tem atendido somente emergências e risco de morte. Os casos de fratura fechada (quando não há exposição externa do osso) vão para uma lista de espera.

Além das cirurgias, os médicos irão reavaliar os 38 pacientes operados no primeiro mutirão e farão atendimento ambulatorial de cerca de 60 pacientes da lista de TFD (Tratamento fora do domicílio) que, graças à iniciativa, não precisam sair de seu estado para serem avaliados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Além da equipe de especialistas, o Into fornecerá neste mutirão implantes e equipamentos ortopédicos e anestésicos.

Atualmente, além de Rondônia, o Projeto Suport tem convênio com o estado do Acre. A meta é estender o convênio para Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

As informações são do Ministério da Saúde