Brasília, 3/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Até o início da tarde o senador Magno Malta (PL-ES) não havia definido se apresentaria ou não o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as atividades de casas de bingos, de máquinas caça-níqueis e jogos clandestinos no país. O senador teve várias reuniões com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), mas a indefinição permanece.

Após uma das reuniões, Renan Calheiros disse que se Magno Malta persistir na idéia de apresentar seu requerimento de criação da CPI dos Bingos aconselhará sua bancada a retirar as assinaturas de apoiamento, embora espere de parte da bancada do PT "o primeiro gesto nesse sentido".

O líder do PMDB no Senado disse que o mais certo é que Magno Malta suspenda a apresentação do seu requerimento até a votação da Medida Provisória que proíbe os jogos de bingos e de máquinas caça-níqueis no Brasil. "Se a medida provisória for aprovada estará esvaziado o principal motivo de realização da CPI, e não haveria sentido em continuar com ela, apenas para exploração política dos fatos", argumenta.

Com relação a uma outra tentativa de CPI, do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que objetiva investigar as denúncias da revista "Época" contra o ex-subchefe da Assessoria Parlamentar da Presidência da República Waldomiro Diniz, o líder Renan Calheiros disse que "está mais do que provado" que não existe qualquer envolvimento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, nas denúncias contra Waldomiro Diniz, conforme ficou patente depois do discurso do senador Almeida Lima (PDT-SE), na tarde de ontem. Disse que qualquer investigação exigida pela sociedade já está em andamento onde deveria ocorrer, na Polícia Federal e no Ministério Público, não cabendo, portanto, uma investigação política desgastante.