Representantes de entidades sindicais cobram do BNDES mais financiamentos para pequenas empresas

17/02/2004 - 19h06

Rio, 17/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, João Felício, da CUT, e João Pedro Moura, da Força Sindical, reivindicaram hoje, durante encontro com a diretoria do BNDES, maior participação das pequenas e médias empresas nos financiamentos do banco, por serem importantes pólos geradores de emprego e também que nos casos de dúvida quanto a investimentos, a opção do BNDES seja sempre por aquele que crie mais empregos.

Felício e Moura participaram de reunião inédita na história do banco e que contou com a participação de cerca de 60 lideranças sindicais ,além do Ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini.

João Pedro Moura disse que há, por parte dos trabalhadores, uma grande expectativa sobre como o governo Lula vai enfrentar os graves problemas sociais do país. Ressaltou que o BNDES é um instrumento que pode ser utilizado para a realização desse propósito.

Entre os pontos abordados na reunião, Moura citou a necessidade de os trabalhadores terem um balanço social da aplicação dos recursos do Banco, de maneira a verificar como os investimentos efetuados pelo BNDES estão repercutindo sobre a qualidade de vida da população e o emprego.

Ele coincidiu com a direção do Banco sobre a necessidade de se realizarem investimentos em áreas essenciais, como infra-estrutura, que irão proporcionar ao país condições para o desenvolvimento sustentável.

Felício destacou o papel "altamente positivo" do BNDES no esforço de promover o crescimento econômico do Brasil para resolver o problema do desemprego. Para que isso aconteça, defendeu a queda da taxa de juros, "para haver estímulo às empresas para investirem e à sociedade para consumir, além do aumento de capital para o BNDES.

Ele assegurou que o tripé desenvolvimento, emprego e salário constitui a grande ação da CUT este ano e vai pressionar o governo para que emprego e salário sejam as grandes prioridades em 2004.