Brasília - O presidente Jean-Bertrand Aristide pediu ajuda à Organização dos Estados Americanos para enfrentar a crise no Haiti. Nessa segunda-feira, os rebeldes ocuparam a cidade de Hinche, a 130 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Num ataque à delegacia de polícia, pelo menos três pessoas morreram.
Aristide, que pediu ajuda para melhorar o funcionamento da polícia haitiana, disse ter conversado por telefone com vários primeiros-ministros de países vizinhos e que prometeram ajuda na luta "contra o terrorismo".
A polícia constitui a principal força de manutenção da ordem desde 1994, quando o Exército foi dissolvido após a intervenção militar norte-americana que recolocou Jean-Bertrand Aristide no poder. Ele havia sido afastado por um golpe de estado em 1991.
A República Dominicana fechou as fronteiras, com medo que a violência ultrapasse os limites territoriais haitianos. Os rebeldes são em grande parte membros de um grupo armado, que até há pouco tempo apoiava o presidente. Os partidos de oposição, que também exigem a renúncia de Aristide, se distanciaram dos rebeldes.
A violência fez mais de 50 mortos no Haiti desde 5 de Fevereiro, no início da insurreição armada em Gonaives (norte).O primeiro-ministro do Haiti, Yvon Neptune, disse que o governo planeja lançar uma ofensiva para retomar o controle de Gonaive, a quarta maior cidade do país.
A França estuda o pedido de envio de uma força de paz internacional ao Haiti.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Dominique Villepin, anunciou em entrevista à rádio pública France-Inter, a criação de uma comissão especial, em Paris, para pensar numa resposta possível para o fim do conflito.
As informações são da Lusa e da Rádio Nederland