Murilo Ramos
Enviado especial
Davos (Suíça) – O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, conclamou os empresários presentes no Fórum Econômico Mundial a ajudar as pessoas que passam por necessidades ao redor do mundo. Disse que há uma série de iniciativas, passando pela realização de negócios, para atenuar o problema dos que vivem em condições de miséria. Annan enfatizou que investimentos em infra-estrutura, por exemplo, podem gerar retornos econômicos representantivos. Além disso, com mais pessoas no mercado consumidor, maiores seriam os lucros das empresas.
Annan explicou que o acesso à água é um problema urgente e que merece atenção. A sede e a falta de higiene, provocadas pela falta de água, vitimam muitas pessoas e todos os recursos destinados a essas áreas seriam bem-vindas dos pontos de vista humanitário e dos negócios. Citou, também, os campos da energia e telecomunicações que, na opinião dele, estão sub-exploradas.
O secretário-geral lembrou que nos últimos dois anos, o Iraque tomou muita atenção dos agentes internacionais. Mas uma vez que o assunto começa a ser resolvido, a agenda internacional será equilibrada.
Disse que as negociações comerciais têm de ser aceleradas. Isso porque há uma série de impasses, como o protecionismo dos países ricos, que prejudicam as nações em desenvolvimento. Annan enfatizou que um sério acordo agrícola ajudará os pobres do mundo.
O secretário-geral das Nações Unidas elogiou o Fórum Econômico Mundial por formular um novo conceito de liderança corporativa, preocupada em criar valores públicos ao mesmo tempo em que preocupa-se com a lógica do lucro. Logo depois, parabenizou os organizadores do Fórum Social Mundial, por dar espaço aos "que têm menos, precisam de mais, e ainda possuem voz fraca".
Acredita que, em breve, será chamado pelos representantes das duas conferências para aproximar essas comunidades.