Rafael Gasparotto
Repórter da Agência Brasil
Brasília, - A Caixa Econômica Federal (CEF) disponibilizará R$ 11 bilhões para saneamento e habitação em 2004. Foi o que declarou o presidente da instituição, Jorge Mattoso, durante as comemorações dos 143 anos do banco.
Mattoso também afirmou que serão colocados R$ 30 bilhões no fluxo para o crédito comercial. Esta quantia representa um acréscimo de 50% em relação aos valores do ano passado, que foram em torno de R$ 20 bilhões. Segundo o presidente da CEF, estes recursos podem contribuir para a elevação dos investimentos no país. "Esperamos uma resposta positiva dos setores privados quanto à participação ativa neste processo", comentou.
Segundo Mattoso, o desafio de 2004 é assegurar que o crescimento econômico estimado para este ano, em torno de 3,5%, seja a primeira etapa de um ciclo virtuoso de crescimento sustentado. "Estamos entrando em um período de redução de taxas de juros, de crescimento econômico, de expansão da atividade produtiva. Como principal gestor de políticas públicas do Governo Federal, a Caixa tem a função de alavancar recursos públicos e privados para aumentar os investimentos", ratificou.
Comentando o balanço de 2003, Mattoso afirmou que foi o ano em que a Caixa apresentou o maior lucro líquido da sua história. Também ressaltou que, pela primeira vez nos últimos dez anos, todos os recursos de saneamento foram disponibilizados aos tomadores finais, aos estados e municípios.
O presidente da CEF destacou que a instituição teve participação importante nos processos de unificação e ampliação do número de pagamentos dos programas sociais, e também colaborou na criação da bolsa-família.Outro dado positivo foi a ampliação do dinheiro recolhido em loterias. Mattoso afirmou que este acréscimo possibilitou o repasse de R$ 426 bilhões para fundos, programas e entidades assistidos pelo Governo Federal.
Com estes números, Mattoso declarou que a CEF está em condição de refutar o dito popular que diz que os bancos vão bem quando o país vai mal. "Em 2004, vamos mostrar que a Caixa irá bem quando o país for bem", comentou o presidente da instituição.