Telavive, Israel - Mais de 100 mil israelenses, principalmente colonos, protestaram em Telavive contra o plano do primeiro-ministro, Ariel Sharon, de retirada do Exército israelense de algumas áreas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

O protesto foi organizado pelo Conselho das Implantações da Judéia-Samaria (Cisjordânia) e da Faixa de Gaza (Yecha), a principal organização de colonos israelenses.Os organizadores argumentam que qualquer recuo do israelense vai encorajar terroristas e grupos militantes.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem "Israel não se vergará", enquanto se lia em cartazes "Os colonos são o verdadeiro muro de segurança para Israel", numa referência à linha de separação que Israel está atualmente construindo na Cisjordânia.

A base do protesto foi o plano de "separação" apresentado no mês passado por Sharon, que prevê uma retirada unilateral do exército israelense para uma "linha de segurança". Segundo as agência internacionais de notícia, a rigor, o primeiro-ministro estaria delimitando, de forma unilateral , uma nova fronteira de Israel, por meio da anexação de setores da Cisjordânia onde estão instalados os principais assentamentos, e o desmantelamento de algumas colônias isoladas. Para os manifestantes, a desmontagem de apenas um dos assentamentos já seria demais."Não importa se se a medida vai atingir um, dez ou 100 assentamentos, trata-se de uma questão de princípio", disse o porta voz dos assentados, Shaul Goldstein.

Enquanto Israel tenta vender a idéia de que a nova linha - um muro separando Israel dos territórios palestinos - seja crucial para a segurança, o primeiro-ministro palestino, Ahmed Qorei,disse que se trata, simplesmente, de roubo de terra. "Isso é discriminação.Isso é violação real", disse Qorei à CNN.

Sharou disse, no entanto , que se manterá firme na decisão,acertada com os Estados Unidos, de promover o Caminho para a Paz(Road Map), plano de paz para o Oriente Médio em três etapas, proposto pelo quarteto -EUA, União Européia, Rússia e ONU. Ele prevê, inclusive, a criação de um estado palestino independente.

Qorei reafirma que se a atual situação persistir,o Caminho para a Paz estará interrompido.

As informações são das agências Lusa e CNN