Brasília, 6/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - A versão nacional da Câmara de Teletermografia – aparelho capaz de diagnosticar várias doenças pela intensidade do calor emitido pelo corpo humano – começará a ser testada nos hospitais a partir de fevereiro. Desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o equipamento custará cerca de US$ 12 mil, bem mais barato que o importado, que é comercializado no país por US$ 60 mil.
Segundo o professor Luiz Antonio de Oliveira Nunes, responsável pelo desenvolvimento do equipamento nacional, a Câmara permite uma série de aplicações principalmente em diagnósticos médicos, como tumores cancerígenos, lesões por esforço repetitivo (LER) e diabetes. O aparelho capta as ondas infravermelhas emitidas pelo corpo e as transforma em imagens de calor que são mostradas na tela do computador conectado ao aparelho.
"O tumor e a inflamação aumentam o metabolismo e o calor na área lesada. O aparelho detecta as variações de intensidade possibilitando um diagnóstico mais fácil e rápido", explica o professor. No caso do diabetes, o aparelho funciona de maneira inversa detectando possíveis problemas de circulação pela falta de calor. O procedimento é fundamental para evitar o apodrecimento provocado pela redução da circulação sanguínea.
A Câmara de Teletermografia também tem um grande potencial de utilização no setor industrial, otimizando o consumo de energia em motores e refrigeradores. Com ela, é possível detectar se está havendo perda de calor e até mesmo prever possíveis rompimentos de cabos.
As informações são da Agência USP