Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba, - De acordo com a Polícia Federal, os ônibus que transportam os sacoleiros que compram produtos no Paraguai estão entre os principais responsáveis pela entrada de maconha no País. A PF vem combatendo o contrabando de cigarros paraguaios nos últimos meses, já que muito da maconha que entra no País vem escondida entre maços de cigarro. A Assessoria da PF

"Muita da maconha apreendida no Paraná é encontrada em porta-malas de ônibus de turismo, dentro de caixas", afirma o assessor da PF Marcos Koren. "A muamba já era um problema grave do ponto de vista fiscal. Agora, a logística do contrabando tem sido usada pelos traficantes. Quando descobriram que podiam trazer muamba, os traficantes acharam que seria possível trazer maconha escondida também". Segundo Koren, os traficantes têm mantido o revestimento externo das embalagens de cigarros paraguaios para despistar as autoridades.

As autoridades brasileiras estimam que cerca de 100 toneladas de maconha sejam produzidas por mês no Paraguai. "Um dado relevante é que a maconha paraguaia tem um teor de THC cinco vezes maior do que o encontrado na planta produzida no Nordeste", revela Marcos Koren. O THC (tetrahidrocanabinol) é a substância ativa da maconha. Outra diferença entre a erva paraguaia e a do Nordeste é que a primeira é prensada, vendida em pedras. A maconha nordestina é vendida solta.

De acordo com a PF, praticamente toda a maconha que entra no País é transportada por rodovias, devido ao peso da droga (a cocaína, por pesar menos e ter um valor mais alto no mercado, também é transportada por aviões.