Indústrias brasileiras de cosméticos querem conquistar os árabes

06/12/2003 - 7h33

São Paulo, 6/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Para atrair investidores do Oriente Médio durante a Semana Brasil que se inicia amanhã (7), domingo na capital dos Emirados Árabes, Abu Dhabi, a Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) vai apostar nas fragrâncias das matas brasileiras. Segundo o presidente da organização, Manuel Teixeira Simões, nos seis primeiros meses deste ano as exportações desse tipo de produto para o mundo árabe atingiram US$ 789 mil, o dobro do primeiro semestre do ano passado.

Serão apresentados perfumes, tinturas para cabelo, escova e pentes, cosméticos para o corpo, além de produtos da área de cutelaria, como alicates de unha. A Natura, com a linha Ekos, e a Niasi, com a Eco Brasil, apresentam produtos como shampoo, condicionador, colônia, entre outros, a base de extratos de frutas como maracujá e pitanga. Empresários da Boticário, Anatha, Boni Plus, Mundial, Casa Gramado, Perfumaria Mauá, Condor e Scala também se farão presentes nos Emirados Árabes.

As exportações de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos para os países do Oriente Médio foram iniciadas em 2001, em caráter experimental, como resultado do grande interesse pelo Pavilhão Brasileiro na Feria Comosprof de Bolonha, em abril do mesmo ano. De acordo com a Abihpec, em 2001 as vendas externas do setor somaram US$ 454 mil, passando para US$ 586 mil no ano seguinte.

Os principais destinos foram Arábia Saudita, Emirados Árabes, Jordânia, e Síria e Líbia. Na Feira Cosmoprof de São Paulo, realizada em setembro deste ano, o Pavilhão Abihpec com 63 empresas recebeu a visita de 245 compradores de 36 países.

O presidente da Abihpec acredita na boa aceitação dos produtos brasileiros para que os negócios com Oriente médio sejam ampliados. Ele afirma que a indústria da beleza não encontra restrições religiosas na região. "Não há problemas como nos casos de vestuário e alimentação. Há um interesse grande de países árabes por produtos brasileiros. Não temos problemas políticos. Existe uma empatia grande que pode ser aproveitada", completou. Simões destaca ainda que o mercado brasileiro está de olho na mulher árabe de renda elevada e consumidora de produtos de beleza de qualidade.