Fornecedores de produtos para embalagens apostam no crescimento

06/12/2003 - 9h09

São Paulo, 6/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os empresários do setor de papel ondulado estão otimistas com a possibilidade de o País voltar a crescer em 2004. Considerado um dos termômetros da economia, o setor está presente na maioria das embalagens dos produtos brasileiros, principalmente, de ítens alimentícios, que representam 36,3% da clientela. Este ano, no entanto, o setor vai fechar as atividades com recuo estimado em 12,3% - 1.880 mil toneladas comercializadas contra 2.144 mil registradas em 2002.

A queda é conseqüência do baixo desempenho do mercado interno, informou o presidente da Associação Brasileira de Papelão Ondulado, Paulo Sérgio Peres. Segundo ele, o pior resultado ocorreu em junho, com 144 mil toneladas, o mais baixo nível dos últimos seis anos.

No segundo semestre começou a ocorrer uma reação positiva, observou, apostando para uma virada em 2004. Ele acredita numa expansão de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) . Apesar de as vendas físicas terem caído, as empresas contabilizam alta no faturamento de R$ 4,45 bilhões, o que é atribuído ao valor agregado nas embalagens destinadas ao envio de mercadorias para o exterior.

De acordo com Paulo Peres, houve aumento das exportações de produtos industrializados, aves, carnes, frutas, fumo em folha e outros, demandando a necessidade de embalagens de maior
valor agregado. Ele defendeu promoções de divulgação para mostrar as vantagens competitivas do uso do papelão ondulado. Não soube, porém, precisar o quanto tem representado em termos de perda para o setor a entrada de outros materiais concorrentes.

Os principais setores que utilizam embalagens com papelão ondulado são: alimentícios (36,3%), Químicos e Derivados (higiene e Limpeza) 9,5%, Avicultura/ Fruticultura, 9,3%, Bebidas/Fumos, 5,5%, Têxteis/Vestuário, 3,9%, Produtos Farmacêuticos/Perfumaria, 2,8%, Metalurgia, 2,8%, Eletro-Eletrônicos, 2,3%, chapas de papelão ondulado para cartonagens, 13,4%, e outros,14,2%.