Chuva intensa marca último dia de visita de Lula à Síria

04/12/2003 - 8h44

Murilo Ramos e Marcos Chagas
Enviados especiais ao Oriente Médio

Damasco (Síria) - No segundo e último dia de visita a Damasco, a comitiva do presidente Lula foi surpreendida por uma intensa chuva. Em um antigo mercado da capital síria, populares associavam a chegada da segunda chuva do ano à presença de Lula na cidade.

Durante a passagem pelo local, o presidente, no estilo habitual, cumprimentou dezenas de comerciantes que não entendiam a confusão provocada pelo esquema de segurança sírio e brasileiro. Aproveitou para provar doces típicos da região, como confeito preparado a partir da clara de ovos. Para fugir da chuva, o presidente chegou a correr nas estreitas ruas de Damasco.

O primeiro compromisso no centro antigo da capital, entretanto, foi a visita à Mesquita do Omiadas. Ela é considerada o templo mais importante da Síria. A área onde está situada a construção tem aproximadamente 5 mil anos. E nela está a tumba de São João Batista, no local onde teria sido encontrada sua cabeça.

Lula acompanhou o ritual religioso "Maulaiah", cântico islamico de veneração que o profeta Maomé teria recebido em Medina, quando fugiu de Meca. "Nasceu a lua para nós e Medina está orgulhosa de sua presença", diz parte do canto. O cicerone da mesquita mostrou a Lula um lavatório de 1.400 anos, sustentado por duas colunas que têm fósseis incrustados. O lavatório servia para purificar os fiéis que chegavam ao templo.

Nessa caminhada pelo centro de Damasco Lula conheceu, ainda, o Palácio de Azem, museu que retrata parte da cultura local.