Leis devem ser cumpridas e nós vamos cobrar, dizem crianças ao fim da Conferência do Meio Ambiente

30/11/2003 - 18h24

Brasília, 30/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - As brincadeiras ficaram de lado para falar de um assunto sério: a preservação do meio ambiente. Quase 400 jovens entre 11 e 15 anos, vindos de todo o país, se reuniram em Brasília durante três dias na Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.

Os meninos e meninas voltam para casa dispostos a contar tudo que fizeram e aprenderam nesses dias. Ao final da conferência, elaboraram um documento, que foi entregue nas mãos da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O texto "Jovens Cuidando do Brasil" inclui propostas relativas aos temas água, escola, seres vivos, comunidade e alimentos. Entre as sugestões, a formulação de um plano de ação para conscientizar a população da necessidade de preservação da água, o desenvolvimento de um projeto de coleta e reciclagem do lixo produzido na escola, a implantação de hortas comunitárias com a participação de toda a comunidade e a criação da Semana Nacional de Vigilância Sanitária e Cidadania Estudantil.

No documento, os estudantes dizem esperar que as reivindicações sejam atendidas. "Queremos dizer que as leis devem ser cumpridas e nós vamos cobrar", ressaltam. Eles concluem o texto com uma frase que lembra a importância de preservar o meio ambiente. "Apenas no dia em que o homem poluir o último rio, matar o último peixe e cortar a última árvore ele verá que não pode alimentar-se de dinheiro", concluem.

Um dos estudantes que participou da Conferência é Airthon Carlos Correia, de 13 anos. Ele é de Cabo Verde e veio ao Brasil especialmente para participar do evento. Airthon falou com discernimento na plenária dos adultos. Ele elogiou a ministra e a sua força de vontade. "A prova disso é essa conferência", disse. "A ministra é uma boa pessoa, tem uma grande força de vontade. Faltava o apoio do povo, que agora vai ajudá-la", afirmou

Luciana Vasconcelos