Senadores governistas votam contra a reforma da Previdência

26/11/2003 - 18h45

Raquel Ribeiro e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Dos vinte e cinco senadores que votaram contra o texto principal da reforma da Previdência, cinco são de partidos aliados do governo. Heloísa Helena (PT-AL) foi a única petista a votar contra. Duciomar Costa (PTB-PA) foi o único dissidente do Partido Trabalhista. Já no PMDB, três senadores votaram contra a reforma: Mão Santa (PI), Papaléo Paes (AP) e Sérgio Cabral (RJ).

O PDT foi o único partido que votou fechado contra a reforma. Os cinco senadores seguiram a orientação do líder Jefferson Pérez (AM) e votaram pela rejeição da proposta do governo. Mesmo com o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, no primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, os senadores Jefferson Pérez (AM), Osmar Dias (PR), Augusto Botelho (RR), Juvêncio da Fonseca (MS) e Almeida Lima (SE) decidiram posicionar-se contra o governo.

No PFL, maior partido na oposição, dez dos 17 senadores votaram contra a reforma. O presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), Efraim Moraes (PB), José Jorge (PE), Heráclito Fortes (PI), Romeu Tuma (SP), Paulo Octávio (DF), o líder José Agripino (RN), o ex-vice-presidente da República, Marco Maciel (PE), Jonas Pinheiro (MT) e Demóstenes Torres (GO). Votaram a favor da reforma os pefelistas: Roseana Sarney (MA), Edison Lobão (MA), Antônio Carlos Magalhães (BA), César Borges (BA), Rodolpho Tourinho (BA), Maria do Carmo (SE) e João Ribeiro (TO).

Dos onze votos tucanos, cinco votos foram contra a reforma. Rejeitaram a proposta, o líder do partido, Arthur Virgílio (AM), Lúcia Vânia (GO), Antero Paes de Barros (MT), Álvaro Dias (PR) e Leonel Pavan (SC). A previsão do líder Virgílio de que seis tucanos votariam pela reforma foi confirmada. Eduardo Azeredo (MG), Eduardo Siqueira Campos (TO), Reginaldo Duarte (CE), Sérgio Guerra (PE), Tasso Jereissati (CE) e João Tenório (AL) votaram pela reforma.

Mesmo diante desse placar híbrido, se não fossem os 13 votos dados pelos partidos de oposição à reforma da Previdência, o governo não teria conseguido aprovar o texto, pois apenas 42 senadores da base aliada votaram sim, já que, para garantir a aprovação da emenda são necessários 49 votos do total de 81 parlamentares da Casa.

Agora, os senadores votam os requerimentos de destaques ao texto aprovado hoje. Pelo acordo fechado ontem, serão oito destaques nominais e três simbólicos, mas a sessão ainda pode ser suspensa para que os líderes fechem um acordo sobre o subteto do funcionalismo público estadual.

Os servidores que acompanhavam a votação da galeria do plenário deixaram o local cantando o HIno Nacional, de costas, para os senadores.