Espírito Santo e Pernambuco têm crescimento industrial superior a 15% em setembro

14/11/2003 - 15h00

Rio, 14/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A produção industrial cresceu em 11 das 12 áreas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro, na comparação com igual mês do ano passado. O Rio de Janeiro foi o único estado a apresentar queda de produção, influenciada pelos índices negativos dos setores de química, extrativa mineral e têxtil.

Espírito Santo (16,2%), Pernambuco (15,3%), Bahia (9,2%), Rio Grande do Sul (8,4%), São Paulo (5,7%) e Nordeste (5,6%) tiveram desempenho acima da média nacional (4,2%), divulgada na semana passada pelo instituto. Também apresentaram crescimento as indústrias do Sul (3,8%), Minas Gerais (2,6%), Santa Catarina (1,8%), Paraná (1,7%) e Ceará.

Segundo o economista André Macedo, da Coordenação da Indústria do IBGE, as atividades relacionadas à exportação e agroindústria continuam em expansão. A novidade, segundo ele, é a reação dos setores ligados ao mercado interno – como o de bens duráveis -, que possibilitou o crescimento generalizado da indústria, que já vinha apresentando sinais de recuperação.

Em setembro, a indústria capixaba prossegue na liderança do desempenho regional (16,2%), devido, principalmente, a três setores pesquisados. O maior impacto na composição da taxa, mais uma vez, veio da indústria extrativa de petróleo e de minério de ferro, que cresceu 46,1%, na comparação com setembro de 2002. Os outros dois setores com taxas positivas são os de papel e papelão (27,3%) e de metalúrgica (5,6%).

Também merece destaque na pesquisa o crescimento do setor industrial de São Paulo (5,7%) – a melhor marca obtida no ano – devido ao peso de seu desempenho na composição da estrutura nacional. Dos 19 ramos pesquisados, 11 tiveram resultados positivos, com destaque para química (11,8%), material elétrico e de comunicações (23,2%), material de transporte (6,2%), produtos alimentares (4,9%) e mecânica (4,1%).

Já a indústria do Rio de Janeiro apresentou queda (-3,4%) na comparação setembro 03/setembro 02, sendo esta a sexta taxa consecutiva neste tipo de confronto. Segundo o IBGE, a retração no setor de produção de petróleo (-1,7%) foi provocada pela paralisação técnica de uma das plataformas da Bacia de Campos, que acabou afetando, ainda, o setor de química (-12%).

Trimestre
Ainda de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física-Regional, observa-se, em bases trimestrais, que sete áreas tiveram crescimento no período julho-setembro deste ano, em relação a igual período de 2002. São elas: Espírito Santo (13,9%); Pernambuco (6,4%); Paraná (2,3%); Rio Grande do Sul (2,1%); São Paulo (1,6%); Minas Gerais (1,2%) e Região Sul (0,7%).

Nos demais locais, os índices foram negativos: Bahia (-3,8%); Rio de Janeiro (-3,1%); Santa Catarina (-3,1%); Nordeste (-2,5%) e Ceará (-1,6%). Na relação do terceiro trimestre deste ano com o trimestre anterior (abril-junho), os resultados foram superados em oito das 12 áreas pesquisadas, demonstrando que o ritmo de recuperação da indústria está se ampliando.