Pistas clandestinas usadas por narcotraficantes na Amazônia já foram destruídas

06/11/2003 - 12h16

Manaus, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - As pistas clandestinas da área coberta pela Operação Cobra, desenvolvida pela Colômbia e pelo Brasil numa extensão de 400 mil km2 na Amazônia, já estão todas destruídas. A informação foi dada pelo coordenador especial de Operações de Fronteira da Polícia Federal (PF), delegado Mauro Spósito, em entrevista à Agência Brasil.

Spósito falou na comunidade de Tunuí, dos índios Baniwas, em São Gabriel da Cachoeira (AM), durante a "Operação Princesa dos Pampas", coordenada pela PF e apoiada pela Força Aérea Brasileira (FAB), para destruição da pista clandestina da Serra do Caparro, que vinha sendo utilizada por narcotraficantes e por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como ponto de apoio para o transporte da droga para o Suriname, Estados Unidos e Europa.

O delegado ressaltou que a parceria da Polícia Federal com as forças armadas resultou em uma redução drástica do número de apreensões de drogas na fronteira. De acordo com o delegado, até o ano 2000, a média era de mil quilos de cocaína apreendidos por mês na fronteira. Agora, a media está em torno de 250 quilos.

Ele informou que o governo brasileiro pretende fortalecer toda sua região fronteiriça, mantendo um cordão de isolamento junto aos 16 mil quilômetros de fronteira terrestre para evitar que "a transnacionalidade do crime" atinja seu território. Segundo o delegado, em dois anos, deverá estar em operação ao longo de toda a fronteira terrestre um sistema interligado de proteção das fronteiras. Spósito disse que, em dois anos, deverá estar funcionando ao longo de toda a fronteira terrestre um sistema interligado de proteção das fronteiras.

O coronel-aviador Azevedo Dantas, da FAB, que coordenou o ataque com 16 bombas à pista clandestina da Serra do Caparro, disse que a meta do governo é manter a fronteira do Brasil protegida tanto pela Polícia Federal quanto pela Força Aérea. Segundo o coronel, o ataque a essa pista serviu também como treinamento para os pilotos da FAB.