Nelson Motta
Enviado Especial
Maputo (Moçambique) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs hoje ao presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, uma aliança para a deflagração de uma guerra de longa duração contra a Aids. "É uma guerra prolongada porque ainda não conseguimos a vacina para colocar um fim nisso", explicou.
Segundo Lula, o sucesso nessa guerra exige muita educação e informação. "As pessoas têm que estar convencidas de que, antes de pegar o vírus, elas são as únicas responsáveis por evitar que o vírus penetre no seu sangue", destacou o presidente.
Lula deu essas declarações durante visita ao Hospital Central de Maputo, ao qual o Brasil doou medicamentos para o tratamento de cem pacientes infectados com o vírus da Aids. O presidente convidou Chissano a buscar, junto com o Brasil, os parceiros necessários para que seja construída em Moçambique uma fábrica de remédios necessários ao coquetel contra Aids. Esse coquetel, lembrou Lula, "tem diminuído muito a mortalidade no meu país e certamente vai diminuir aqui também".
Baseado em informações do Ministério da Saúde, Lula disse que a fábrica deve custar cerca de US$ 23 milhões. "Não estamos falando em nenhuma quantia absurda", ressaltou.