Crise política no Sri Lanka é cada vez pior

06/11/2003 - 11h54

Um dia depois de ter declarado Estado de Emergência no país – quando dissolveu o parlamento e demitiu seus três principais ministros – a presidente Chandrika Kumaratunga anunciou a tomada de controle dos meios de comunicação públicos, embora garanta que preservará a liberdade de expressão dos jornalistas.

A crise acontece porque a presidente, a quem a Constituição dá vastos poderes, acusa o primeiro-ministro de ser demasiadamente compreensivo com os rebeldes do movimento Tigres de Libertação do Tamil Eelam, que luta pela divisão do país em um conflito que já deixou 65 mil mortos.

O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, está neste momento em um vôo entre Washington e o Sri Lanka. Antes de embarcar, ele insistiu que ainda tem o controle do que acontece em Colombo e a maioria no Congresso dissolvido.

"Tenho um mandato para governar e cumprir meus esforços de paz com o movimento rebelde", disse. "Não é a primeira crise pela qual passo. Vou chegar em casa e resolver", prometeu, após um encontro com o presidente George Bush. Por causa da crise, cerca de dois mil turistas cancelaram vôos ao Sri Lanka e as bolsas já tiveram queda acumulada de 13 pontos.