Brasília, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Luis Carlos Silva Bueno, afirmou hoje que as falhas apresentadas nos equipamentos do Sistema de Vigilãncia da Amazônia (Sivam), não comprometeram o controle do espaço aéreo na região. O comandante defendeu o Sivam na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Ele explicou que o Sivam é composto de 27 estações interligadas a uma central de controle, e que entre julho e agosto de 2002, em fase de testes, 14 estações apresentaram falhas. Normalmente um equipamento desse tipo pode apresentar alguma falha com 30 mil horas de operação. As falhas verificadas nas estações ocorreram com 5 mil horas.
De acordo com o comandante, as operações com os equipamentos da empresa norte-americana Raytheon foram suspensas nessas estações, mas em nenhum momento o espaço aéreo da região foi prejudicado. "Usamos os antigos equipamentos como alternativa até que os problemas fossem corrigidos" afirmou.
O comandante da Aeronáutica esclareceu que em julho deste ano a Raytheon apresentou novos equipamentos de hardware e software, e que até o momento estão funcionando perfeitamente na fase de testes. O projeto Sivam necessita de uma confiabilidade de 99,9 por cento, e para a Aeronáutica os equipamentos só serão definitivamente aceitos depois de comprovada a eficiência.
O tenente-brigadeiro Luis Carlos Silva Bueno disse ainda que o projeto Sivam é aberto, que não existem fatos escondidos, e que tudo vem sendo acompanhado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O presidente da Raytheon, Gregory Vuksich, também participou da audiência na Comissão de Relações Exteriores. Ele afirmou que é de total interesse da empresa oferecer equipamentos que atendam perfeitamente ao Sivam. Vuksich afirmou que 87 por cento dos testes já foram realizados com os equipamentos de forma que o projeto deverá estar totalmente implantado no mês de julho de 2004.