Polícia paulista apresenta suspeitos de atentados

05/11/2003 - 18h38

São Paulo, 5/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A cúpula da polícia paulista apresentou hoje no Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), os presos por suspeita de participação nos atentados contra as polícias Civil e Militar e a Guarda Civil Metropolitana.

Os irmãos Kelson Ribeiro Lima, de 27 anos, e José Kennedy Lima, 23, foram presos em Guarulhos, nesta madrugada, com dois carros utilizados no ataque à Base Comunitária de Itaim Paulista, na zona leste. Eles negaram envolvimento, mas foram reconhecidos pelo policial militar Alexandre Ribeiro Cabreira, que teve seu carro roubado.

Os outros suspeitos, Jéferson da Silva, 20 anos, e o menor R.S., são acusados pelo atentado contra o policial Fábio dos Reis Abbenâncio, ferido por um tiro de raspão, quando estava com a viatura parada na zona leste.

A polícia também prendeu na cidade de Tremembé, interior do Estado, pela participação na tentativa de resgate de presos, que não teve sucesso, na penitenciária da cidade, Fábio Augusto Gonçalves, 30 anos, e Thiago de Castro Chagas, 20 anos. Na casa de um dos suspeitos, foram encontrados duas sub-metralhadoras, uma pistola e um revólver além de munição 9mm. De acordo com a polícia eles teriam recebido R$ 25 mil.

Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu, repetiu o que disse nos últimos dias: a polícia está respondendo às ações dos criminosos, que são contrários ao regime disciplinar diferenciado implantado nos presídios paulistas de Presidente Bernardes, Avaré e Taubaté, onde os presos ficam em celas isoladas, sem direito a visita íntima e permissão para banho de sol apenas uma hora por dia e sem direito a rádio e televisão.

Castro Abreu informou que outras seis pessoas foram identificadas.

Até o momento foram registrados 20 ataques ocorridos na capital, interior e litoral. Ele admitiu que errou ao usar o termo "zunzunzum", quando disse que a polícia sabia dos possíveis ataques. E reiterou que a polícia deu a "devida importância" ao fato.