Brasília, 31/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O título de campeão das Américas e mais duas vagas para a disputa do Mundial de Beach Soccer (Futebol de Areia), em fevereiro, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, são os objetos do desejo das quatro seleções que começam a disputar na próxima semana (7 a 9 de novembro), em Campos, também no Rio, a VII Copa América de Beach Soccer. A competição reunirá Brasil, Estados Unidos, Peru e Uruguai. Os jogos acontecem em uma arena montada no estacionamento do Shopping Estrada, na cidade de Campos dos Goytacazes.
Como país sede da competição, o Brasil já está pré-classificado para o Mundial. Portanto, as seleções estrangeiras é que estão de olho nas vagas. Tranquilos em relação ao Mundial, a motivação dos brasileiros está no fato de nunca terem perdido uma Copa América. Em seis edições, o time de Neném, maior artilheiro da seleção com 272 gols, faturou todas. Nem por isso vai dar descanso aos pés. A ordem é garantir o heptacampeonato.
O Brasil passa por reformulações. A liderança técnica mudou de mãos. Saiu o potiguar Andrey Valério e entrou o capixaba Índio. "Ele é um treinador vencedor. Espero que imprima sua característica e que o Brasil continue a ser a equipe vencedora que sempre foi. E o principal: que ganhe sem abandonar a característica de jogar privilegiando o espetáculo", afirmou Fulvio Danilas, presidente da Confederação Brasileira de Beach Soccer. Índio dirigiu a seleção do Espírito Santo e por duas vezes (2000* e 2001) foi campeão brasileiro. Em outras quatro (1998, 1999, 2000* e 2002) foi vice-campeão.
O técnico Índio quer começar sua trajetória internacional faturando mais um título. Para os observadores do Beach Soccer, a tarefa não é tão fácil. O Brasil carrega o favoritismo. Vai jogar em casa, diante de sua torcida e com os jogadores que não são titulares da equipe querendo mostrar ao novo treinador que podem ser. Mas isso não é nenhuma garantia.
Dos três adversários na Copa América, os Estados Unidos já venceram o Brasil em duas oportunidades. O Brasil leva mais que ampla vantagem: em 26 confrontos, 24 vitórias. Peru e Uruguai nunca conseguiram tal façanha. "O técnico Jaime Drago, do Peru, confia muito em sua equipe. O time vem renovado e foi selecionado durante a disputa do Campeonato Nacional de Beach Soccer, que acontece em Lima", disse Fulvio Danilas. Embora nunca tenha vencido o Brasil, o Peru já protagonizou uma final de Mundial contra a seleção nacional, em 2000, no Rio de Janeiro. Saiu dela como coadjuvante, carregando o troféu do vice-campeão. Já o Uruguai, sempre reserva surpresas. E desta vez não será diferente.
A tabela da Copa América já está definida. As seleções jogam entre si e o time com maior número de vitórias será o campeão. A tabela é a seguinte: dia 7 (sexta): Uruguai x Peru e Brasil x Estados Unidos; dia 8 (sábado): Uruguai x Estados Unidos e Brasil x Peru; dia 9 (domingo): Peru x Estados Unidos e Brasil x Uruguai.